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O Dragão Vermelho
E.I.E. Caminhos da Tradição - © Todos os direitos reservados
© Tradução da Versão Francesa de 1522 por Sóror Fortuna, para a E.I.E. Caminhos da
Tradição.
Lucifugo Rofocale
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Modo de se preparar para o Pacto de Sangue
Oh homens! Frágeis mortais! Os que pretendem possuir a profunda ciência
mágica: Temam diante de vossa imprudência! Para conseguir tal proeza
necessitas colocar seu espírito bem acima de vossa esfera, fazei-vos firmes,
invencíveis e muito atentos em observar tudo quanto os direi, sem o que
tudo se voltará contra vos, para vosso prejuízo, destruição e completo
aniquilamento. Mas, se pelo contrário, observais atentamente tudo quanto
os diga, saíras com facilidade da posição pobre e humilde e se coroará de
êxito em todos os seus empreendimentos.
Arme-se, pois, de ousadia, sagacidade e virtude para empreender
esta grande e imensa obra na qual eu levei sessenta e sete anos para
alcançar algum resultado. Por isso é preciso praticar exatamente tudo
quanto se dirá.
Passareis um quarto da lua cheia sem a companhia de mulheres
nem de jovens, a fim de não cair na impureza.
Começareis vossa prática ao iniciar o quarto de lua, prometendo ao
Grande Adonai que é o chefe de todos os Espíritos, não fazer mais de duas
refeições por dia, quero dizer duas refeições durante cada vinte e quatro
horas do quarto de lua; precisamente ao meio dia e à meia noite, ou se
preferir às sete da manhã e às sete da noite, se bem que aos olhos do
Grande Adonai é mais grato que se faça nas horas primeiramente
assinaladas.
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Durante todo o quarto de lua é preciso dormir o mínimo possível,
não devendo exceder de modo algum seis horas, as que devem ser
dedicadas ao sono.
Capítulo II
(NT.: Não sei porque este capítulo intitula-se como capítulo II, no entanto na
versão francesa assim se encontrava, concluo, que simplesmente
esqueceram de intitular o capítulo anterior como Capítulo I – o que eu
realmente acreditava ser uma simples introdução. Poderia corrigir este erro
nesta tradução, mas preferi deixar como está para garantir a fidelidade da
mesma.)
Todos os dias depois de cada refeição devem-se recitar a seguinte
oração:
“Eu vos imploro, grande e poderoso Adonai, Mestre e Senhor de
todos os Espíritos; eu vos imploro oh Elohim! Imploro-vos oh Jehovah! Eu
vos dou minha alma, meu coração, minhas entranhas, minhas mãos,
meus pés, meu espírito e meu ser. Oh, Grande Adonai, dignai-vos a ser-me
favorável. Assim seja”. Amém.
Durante o quarto de lua não deves banhar-se, nem enfeitar-se, nem
ter pensamentos que não sejam para a obra que estás realizando,
colocando toda vossa esperança na infinita bondade do Grande Adonai.
É preciso observar que vossos exercícios devem ser feitos em a
assistência de ninguém, a não ser que se acompanhe de uma pessoa que
tenha pacto feito com algum espírito.
Os exercícios devem ser praticados num quarto preparado para o
efeito e sem que distraias a mente do trabalho que vai realizar.
Buscareis um cabrito virgem, o adornareis no terceiro quarto da lua
com uma grinalda de verbena que deve ser atada ao pescoço; leve-o ao
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lugar marcado para perguntar ao espírito, pronuncie com todo fervor e
segurança as seguintes palavras: “Eu te ofereço esta vítima. Oh Grande
Adonai! Oh Elohim! Oh Jehovah! Como oferenda a vós Superiores e a
todos os espíritos. Dignai-vos aceitá-la com agrado”. Amém.
Em seguida, degole o cabrito fazendo que seu sangue caia sobre uma
bacia nova, preferencialmente de barro, recitando por sua vez estas
palavras: Isto é feito pela honra, glória e poderia de vossos divinos nomes
oh Grande Adonai, Elohim, Ariel e Jehovah! Dignai-vos receber com agrado
esta minha oferenda.
Em seguida deve-se quitar a pele que deve ser utilizada para fazer a
invocação e apresentar o pacto.
Sem perder tempo deve-se misturar ao sangue um pouco de pó de
sabugueiro (sabucus nigra), Malva, Lírio de Florença e Mercúrio, com o
objetivo de dotá-lo de propriedades mágicas, juntando umas gotas de seu
próprio sangue que deve ser tirado do dedo anelar da mão esquerda,
fincando ligeiramente com um alfinete novo, dizendo ao mesmo tempo:
“Seja transformado o sangue da vítima mais propício, para que por sua
virtude, seja atendido o pacto que com ele vou escrever”.
Feito se traçará com a faca que serviu para o sacrifício, sobre a
superfície do sangue várias linhas formando uma estrela e se dirá ao fazê-
lo: “Os dons planetários se coloquem sobre este sangue que contém metal,
aromas e espíritos, para culminá-lo de virtudes atrativas a fim de que os
Espíritos superiores se dignem a aceitar o pacto que com ele e por ele vou
formular neste momento”.
Em seguida se molhará no sangue uma pena de ganso e se escreverá
sobre um pedaço de pergaminho novo as seguintes palavras:
“A vós espíritos de Luz, Adonai, Elohim, Ariel e Jehovah, requeiro e
peço humildemente que me concedam vossos favores, dons, graças e
amizade, fazendo que em tudo que eu coloque as mãos seja realizado o
meu desejo, em virtude de vossa benevolência, benção e ajuda. Peço
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