A Cozinha da Bruxa Moderna.pdf

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A  arte  de  cozinhar  se  tornou  um  fardo.  É  triste,  mas  boa  parte  das  pessoas  acha
 
que  a  cozinha  é  algum  tipo  de  masmorra  onde  mulheres  ;icam  acorrentadas  e
 
são  obrigadas  a  cozinhar  como  uma  forma  de  tortura.  Mas  isso  não  é  verdade!
Cozinhar  é  mais  do  que  uma  arte.  É  uma  magia!  E  tem  um  nome:  alquimia.  
 
Esse  livro  vai  falar  sobre  a  importância  dos  alimentos  do  ponto  de  vista  mágico.
 
Com   ele,   você   vai   aprender   a   despertar   a   essência   mágica   dos   alimentos   e   a
 
encantar  pratos  para  todos  os  ;ins.  Que  tal  fazer  um  bolo  que  atrai  a  fartura?  Ou
 
um   suco   que   acalma   os   ânimos   e   tira   a   a;lição?   Ou   uma   bebida   que   desperte
 
aquele   desejo   ardente   naquela   pessoa   especial?   Meus   cookies   da   amizade
 
sempre   funcionaram   de   maneira   mágica,   atraindo   amigos   leais   e   tornando
todos  bem-­‐humorados!  Quem  disse  que  um  biscoito  não  faz  milagres?  
Apresentação
Bem-vindo à cozinha!
A arte de cozinhar se tornou um fardo. É triste, mas boa parte das
pessoas acha que a cozinha é algum tipo de masmorra onde mulheres ficam
acorrentadas e são obrigadas a cozinhar como uma forma de tortura. É uma
péssima forma de encarar uma arte tão bonita. Cozinhar é mais do que uma
arte. É uma magia! E tem um nome: alquimia.
Talvez você não goste muito de cozinhar, mas é bom que saiba um
pouco sobre como a comida pode afetar você, não só fisicamente, mas
também na sua linha da prosperidade, na sua forma de se relacionar e
sentir, no seu humor e na sua inspiração. Pois é, a comida é muito mais do
que combustível para seu corpo. Ela é um tipo de energia. E essa energia
pode ser boa ou ruim, dependendo do dia, da hora, do seu estado de
espírito.
Esse livro vai falar sobre a importância dos alimentos do ponto de
vista mágico. Com ele, você vai aprender a despertar a essência mágica dos
alimentos e a encantar pratos para todos os fins. Que tal fazer um bolo que
atrai a fartura? Ou um suco que acalma os ânimos e tira a aflição? Ou uma
bebida que desperte aquele desejo ardente naquela pessoa especial? Meus
cookies da amizade sempre funcionaram de maneira mágica, atraindo
amigos leais e tornando todos bem-humorados! Quem disse que um
biscoito não faz milagres?
O melhor de tudo isso é que não vai doer! A cozinha não é uma
masmorra! Ela é um lugar mágico, onde elementos separados se juntam
para fazer maravilhas, para dar uma festa na sua boca e para levar a magia
para sua vida de uma maneira prática e muito gostosa!
Introdução
Conheço pessoas que não gostam de cozinhar. Eu só as entendo
porque eu também já fui assim. Na minha adolescência, eu tinha um
problema. Na verdade, como todo bom adolescente, eu tinha muitos
problemas! Um deles era tentar entrar num acordo com a minha mãe. Ela
reclamava que eu não era uma boa dona de casa (e, de fato, não era) e que
nunca ia casar (o que não me preocupava muito). Aí me empurrava para a
cozinha para tentar aprender alguma coisa. Dois minutos depois ela me
enxotava de lá, porque eu não fazia nada direito. Tudo bem que no meu
primeiro arroz a panela pegou fogo, e minha primeira receita de maria-
mole ficou parecendo um pudim, mas o ponto não entra que eu fazia tudo
errado. Eu não fazia as coisas do jeito DELA. Entre o estresse de tentar
aprender e a facilidade de assumir que eu não gostava de cozinhar, minha
mãe e eu escolhemos o segundo, o que deixou as duas muito felizes.
Hoje eu sei que a cozinha é um território e, como todo território, ele
é defendido por alguém. Minha mãe estava apenas defendendo o território
dela e eu, como uma adolescente intuitiva e esperta, entendi e fiquei no
meu canto, me concentrando nos estudos e nas minhas histórias. Porém,
em algum momento, eu que sempre gostei de livros de receita desde
pequenininha, não consegui mais controlar a enorme vontade de tentar
fazer um prato.
Desde criança, eu andava atrás da minha mãe com um enorme livro
Dona Benta pedindo que ela fizesse receitas de doces, bolos, pudins e
biscoitos. Nosso fogão estava com o forno quebrado, então minha mãe dizia
que não podia ser nada que fosse ao forno. Eu passava horas procurando,
até perceber que os bolos sempre vão ao forno...
Às vezes eu pensava em eu mesma fazer alguma coisa gostosa e
surpreender a família! Então procurava alguma receita simples.
Infelizmente, todas pareciam muito complicadas, pois eu não sabia fazer
chá nem sopa. Todas as receitas, sem exceção, pediam uma colher de sopa
de açúcar ou uma xícara de chá de leite.
Só quando adolescente é que eu fui desvendar os segredos da
cozinha. A primeira coisa que descobri é que era bem mais fácil aprender
sem a minha mãe por perto. Eu esperava o dia em que ela não estaria em
casa e me apossava de seu território, como uma usurpadora! Então eu
aprendi a fazer bolos que ficavam realmente deliciosos, embora nunca
fossem bonitos como os confeitados dos livros. Biscoitos, pavês e bombons
eram a minha especialidade e minha mãe passou a pedir que eu fizesse as
sobremesas das festas de fim de ano e almoços em família (o que me
encheu de orgulho).

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