Aurora Rose Reynolds - Until H.pdf

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Ellie Anthony
Ellie Anthony não está à procura de amor. Ela nem sequer está à procura
de um homem, mas quando Jax Mayson insiste em manter ela e sua filha seguras,
ela não tem escolha a não ser confiar nele. Agora, só espera não se machucar ao
se apaixonar por um cara que é conhecido por quebrar corações.
Jax Mayson
Jax Mayson sabe que Ellie é o seu BOOM no momento em que a vê. Quando
descobre que ela tem uma filha, ele percebe que quer uma família, e fará o que for
necessário para manter as suas duas meninas seguras, mesmo que isso signifique
enfrentar os demônios de seu passado.
O amor nem sempre é o que queremos, mas é sempre o que precisamos.
Prólogo
Até chegar ao hospital e ser colocada em um quarto, eu já estava no fim da
minha paciência. Meu corpo está exausto por não ter nada realmente substancial
para comer ou beber durante os últimos dias, e minha mente está confusa do que
simplesmente sobrevivi. Além disso, eu preciso chegar até Hope.
— Eu estou bem, de verdade, — repito no que parece ser a centésima vez
para o médico, que esteve me examinando desde que entrou no meu quarto há
poucos minutos.
— Ruth, vamos começar com uma IV, — ele disse, olhando por cima da
minha cabeça para a enfermeira, mais uma vez me ignorando e puxando meu braço
em sua direção, cutucando-o com os dedos.
— Preciso chegar até Hope, — eu choramingo, tirando meu braço do seu
alcance quando a enfermeira contorna a cama com a agulha em sua mão.
— Deixe o médico colocar a IV, Ellie, — o cara chamado Jax diz, pegando a
minha mão e alisando seu polegar sobre a palma da minha mão. Ele não saiu do
meu lado desde que saí da floresta. Tenho tentado ignorá-lo, mas estou falhando
miseravelmente. Ele é um gigante intimidante com boa aparência, o que torna
quase impossível estar na presença dele, e não percebê-lo.
— Você não entende. Hope precisa de mim, — grito com o médico quando
ele segura meu braço novamente, colocando a agulha na minha pele, fazendo
lágrimas de frustração encher meus olhos.
— Ei, não chore. Tenho certeza que o seu cão está bem, — Jax diz
suavemente, correndo os dedos sobre a palma da minha mão.
— De... desculpe-me? — Eu balbucio, virando a cabeça para ele.
— Gato? — Ele pergunta, franzindo a testa.
— Hope é a minha filha, — eu assobio, afastando a minha mão de seu
alcance.
— Filha? — Ele empalidece, me encarando. Não estou surpresa com a
reação dele. Essa é a resposta normal que recebo dos homens quando descobrem
que eu tenho uma filha, mas algo dentro de mim lamenta sua resposta.
— Filha, — eu afirmo levantando meu queixo, e depois olho ferozmente para
o médico. — Preciso sair daqui
agora,
— eu rosno entre dentes.
— Foda-me, — murmura Jax, mas o ignoro e continuo a atirar punhais
para o médico, que não dá à mínima enquanto coloca o saco de IV em um gancho
acima da minha cabeça.
— Sinto muito, Sra. Anthony, mas você está gravemente desidratada e nós
precisamos mantê-la aqui por mais algumas horas antes de você ser liberada.
— Eu vou beber um pouco de água, — digo, tentada a tirar a IV da minha
mão e esfaqueá-lo com ela.
— Vá dormir um pouco. — Ele me ignora mais uma vez, e se afasta para
falar com a enfermeira.
— Isso não pode estar acontecendo, — murmuro, caindo contra a cama e
sentindo meus olhos ficarem pesados de repente, me perguntando se eles
colocaram outra coisa na IV.
*~*~*
Acordo ao som de sussurros, meus olhos piscam, se abrindo lentamente. O
quarto está escuro, a única luz vem de uma televisão no canto, que lança um brilho
azul por toda a sala. Quando meus olhos se concentram na TV, eu pisco duas
vezes. O tio de Jax, Nico, está em pé com um grupo de oficiais na frente da casa
para a qual eu fui levada, e a mulher na frente da câmera está falando, mas o
volume é tão baixo que não consigo ouvir o que ela diz quando o cinegrafista vira
da mulher para a caminhonete que seguia atrás de nós. Sentando, eu encontro o
controle remoto ao lado da cama e aumento o volume.
— As duas mulheres foram então perseguidas por esta caminhonete ao tentar
fugir em um four-wheeler
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que tomaram de um dos assaltantes. Um captor está morto
e o outro ainda está desaparecido. Se você tiver qualquer informação sobre o
paradeiro do suspeito, por favor, ligue para o número listado abaixo, —
diz a mulher,
antes de a imagem desaparecer.
Substituída por um homem e uma mulher sentados atrás da bancada na
estação de notícias, anunciando,
— Hoje à noite, você pode assistir a reportagem
especial de Dan Seagan sobre o tráfico sexual na área de Nashville.
Afastando os olhos da TV e me sentando, eu alcanço o telefone ao lado da
cama, discando o único número que posso pensar que me levará a Hope.
— Alô? — Minha tia responde ao primeiro toque.
— Tia Marlene, — falo através de uma respiração entrecortada, segurando
o telefone mais perto da minha orelha. — Você viu minha mãe?
— Vi, mas agora ela já foi embora, — ela murmura, e a ouço acender um
cigarro. Tenho certeza que ela está sentada em sua cadeira, onde sempre está, com
os pés apoiados, fumando cigarro após cigarro e assistindo TV.
— Onde está Hope? — Fecho meus olhos, rezando para que minha mãe não
a tenha levado com ela.
— Hope está comigo. Quando você vem buscá-la?
— Estou no Tennessee, — choramingo; sem saber exatamente quão longe
eu estou de Kentucky.
— Eu sei. Sua mãe estava aqui quando a notícia apareceu, — ela me diz.
Lágrimas enchem meus olhos, mas me recuso a deixá-las cair. Eu me
recuso a deixar essas pessoas me machucarem mais. Não fiquei surpresa por
minha mãe contar a minha tia o que aconteceu ou que ela não se importava. Minha
mãe parou de se importar comigo quando meu pai morreu, quando já não precisava
fingir que meu irmão e eu éramos mais importantes que sua próxima dose.
— Estou a caminho. Por favor, diga a Hope que estarei aí em breve.
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