Callie Hart - 01 Rebel.pdf

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~1~
Callie Hart
#1 Rebel
Série Dead Man’s Ink
Rebel Copyright © 2015 Callie Hart
~2~
SINOPSE
SOPHIA
Às vezes você não quer se tornar outra pessoa. Às vezes essa
escolha é feita por você, e fingir é a única coisa que te mantém seguindo
em frente. Quando Alexis Romera é levada e os sequestradores acham
sua identidade falsa na sua bolsa, ela se torna Sophia para manter sua
família a salvo. Revelar sua identidade real para o homem que a
comprou seria bastante fácil, mas ela pode confiar nele? Determinado
como o inferno a vingar a morte do seu tio, Rebel não parece tão
interessado em seguir o caminho seguro.
Na verdade, nada sobre o misterioso e escuro presidente do clube
de motoqueiros parece seguro.
REBEL
O que você faz quando o homem que te criou é assassinado e a
única testemunha é a garota que foi sequestrada e está sendo vendida
como escrava sexual? Você a compra, é claro. Como presidente do MC
mais poderoso dos Estados Unidos, Rebel não é desprovido de poder.
Há cordas que o homem pode puxar que faria organizações criminosas
inteiras e empresas corporativas caírem de joelhos aos seus pés. No
entanto, com tanto poder vem também um grande interesse. A Polícia
Federal está de olho no MC... E eles estão só esperando Rebel tropeçar.
Fazer com que Sophia testemunhe é o único jeito de acabar com
os Los Oscuros. A linda mulher de cabelos e olhos escuros é brigona,
não cooperativa e nada disposta a se curvar à vontade dele, mas Rebel
tem alguns truques na manga para fazer com que ela colabore
ele vai
seduzi-la até que ela esteja inclinada a agradá-lo.
Claro, se apaixonar por ela pode ser um contratempo no meio do
caminho...
~3~
P
rólogo
ALEXIS
Um breve pensamento sobre a morte.
Eu nunca pensei que morreria nas ruas de Seattle. Eu também
nunca pensei que seria o tipo de pessoa que deseja morrer. Você
pergunta às pessoas o que mais as assusta no mundo, e nove a cada
dez irão responder a mesma resposta universal: morte. O Grande
Desconhecido. O último passeio selvagem. Eu costumava ser uma
dessas pessoas, paralisada até mesmo pelo mero pensamento de não
existir mais. Mas parece que muita coisa aconteceu recentemente para
ajustar a minha perspectiva, no entanto. Agora eu percebi que existem
coisas muito mais assustadoras do que deixar de existir. Viver, por
exemplo. Continuar a respirar, mesmo que seu coração esteja partido
em um milhão de pedaços e você possivelmente não possa aguentar
mais outro momento. Continuar a sentir, mesmo quando suas
terminações nervosas estão tão desgastadas e sobrecarregadas pela dor
infligida por outras pessoas. Continuar a acreditar, apesar das chances
de resgate ficarem menores a cada dia.
Eu nunca pensei que morreria nas ruas de Seattle. Nunca pensei
que eu iria querer morrer. Implorar por isso. Desejar isso
constantemente. Suponho que a minha ingratidão com o grande
presente que é a vida seja difícil de compreender. Talvez, se eu começar
do início, você possa entender.
Aqui.
Me deixe explicar.
~4~
C
apítulo um
ALEXIS
2012
O hospital St. Peter paira sobre a cidade, o prédio é um chamariz
feio de luz e barulho estridente cortando a noite. Nuvens de fumaça
saem da minha respiração. Curvada sobre o meu café de viagem,
minhas mãos finalmente começam a esquentar. Estou ouvindo Led
Zeppelin no meu iPod com a tela rachada, observando as pessoas
entrarem e saírem do hospital, imaginando as suas histórias.
Preenchendo os espaços em branco das expressões nos seus rostos.
Perna quebrada.
Dor no peito.
Só mais um turno antes do fim de semana, graças a Deus.
Bebê novo.
Ente querido que faleceu.
Nunca deixa de me surpreender como só o rosto de uma pessoa
pode transmitir muito mais do que ela está sentindo, especialmente
quando ela não sabe que está sendo observada. Eu já vi todo mundo se
desfazer e renascer ao menos cinco vezes antes do celular, no bolso da
minha Parka ajustada, vibrar contra meu estômago. É o meu pai.
Eu sinto muito, meu bem. Você ainda está no ônibus?
Eu sorrio. Sorrio porque o velho não tem ideia.
Não, estou do
lado de fora. Estive esperando você há uma hora e meia.
Ele geme. Em minha cabeça posso vê-lo pressionando a ponta dos
dedos nos vincos da testa, tentando descobrir o problema a que ele está
sendo apresentado. Porque há um problema. Sempre há um problema.
Ah, ok. Certo. Estarei aí em um minuto. Uma garotinha acabou de
entrar. Ela estava em um acidente de carro. Toda sua perna está
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