A Segunda Guerra Mundial . - Martin Gilbert.pdf

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Ficha Técnica
The Second World War Copyright © 1989 by Martin Gilbert Copyright © 2014 Casa da Palavra
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.
É proibida a reprodução total ou parcial sem a expressa anuência da editora.
Este livro foi revisado segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Copidesque: Elisa Nogueira, Vicente Saul Moreira dos Santos
Revisão: Tiago Ramos
Capa: Sérgio Campante
Fotos de capa: © Robert Sargent / Getty Images
© Time & Life Pictures / Getty Images
NOTA DOS TRADUTORES
Os tradutores agradecem a João Freire o esclarecimento de alguns problemas e dúvidas surgidos ao
longo deste trabalho.
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
G393s
Gilbert, Martin
A Segunda Guerra Mundial: os 2.174 dias que mudaram o mundo / Martin Gilbert; tradução Ana
Luísa Faria, Miguel Serras Pereira. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2014.
Tradução de:
Second world war
Inclui bibliografia e índice
ISBN 9788577344666
1. Guerra Mundial, 1939-1945 – História. I. Título.
14-12572 CDD: 940.53
CDU: 94(100)’1939/1945’
CASA DA PALAVRA PRODUÇÃO EDITORIAL
Av. Calógeras, 6, 1001 – Rio de Janeiro – RJ – 20030-070
21.2222 3167 21.2224 7461
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www.casadapalavra.com.br
1
A invasão da Polônia pela Alemanha
Setembro de 1939
A Segunda Guerra Mundial foi um
dos conflitos mais devastadores da
história da humanidade: mais de 46 milhões de militares e de civis
morreram, muitos em circunstâncias de crueldade prolongada e terrível.
Nos 2.174 dias de guerra entre o ataque da Alemanha à Polônia em
setembro de 1939 e a rendição do Japão em agosto de 1945, a esmagadora
maioria daqueles que morreram, quer na frente de batalha quer na
retaguarda, tinha nomes e rostos obscuros, exceto para as poucas pessoas
que os conheciam ou os amavam – mas, em casos que talvez também
atinjam uma cifra de milhões, foram eliminados até mesmo aqueles que
em anos posteriores poderiam ter recordado uma vítima. Não foram
apenas 46 milhões de vidas aniquiladas, mas a vida e a vitalidade
vibrantes que haviam recebido como herança e que poderiam ter deixado
aos seus descendentes: uma herança de trabalho e de alegria, de luta e de
criatividade, de saber, de esperanças e de felicidade que ninguém
receberia ou transmitiria.
Inevitavelmente, e porque foram quem mais sofreu com a guerra, essas
milhões de vítimas preenchem boa parte destas páginas. Por mais que
muitas possam ser – e são – nomeadas, o legado mais amargo da guerra é
a tragédia de homens, mulheres e crianças anônimos. Há coragem,
também, nestas páginas: a coragem dos soldados, dos marinheiros e dos
aviadores, a coragem dos guerrilheiros, dos resistentes e daqueles que,
famintos, nus e sem forças ou armas, foram enviados para a morte.
Quem foi a primeira vítima de uma guerra que faria mais de quarenta
milhões delas? Um prisioneiro desconhecido jogado num dos campos de
concentração de Adolf Hitler, provavelmente um criminoso comum.
Numa tentativa de apresentar a Alemanha como vítima inocente de uma
agressão polonesa, vestiram-lhe um uniforme polonês e levaram-no para a
cidade alemã de Gleiwitz, na fronteira, onde a Gestapo o assassinou na
noite de 31 de agosto de 1939, numa estranha encenação de um “ataque
polonês” à estação de rádio local. Na manhã seguinte, quando as tropas
alemãs entraram na Polônia, Hitler apresentou, como um dos motivos para
justificar a invasão, “o ataque ao retransmissor de Gleiwitz por tropas
polonesas”.
O episódio de Gleiwitz, numa homenagem ao chefe da SS que
colaborou com sua preparação, recebeu o nome de operação Himler.
Nessa mesma noite de 31 de agosto, a União Soviética, que menos de uma
semana antes se aliou à Alemanha, conseguiu finalmente derrotar os
japoneses na fronteira com a Mongólia, quando as forças comandadas
pelo general Zhukov venceram as últimas resistências do 6º exército
japonês em Khalkhin Gol. Enquanto terminava uma guerra, iniciava-se
outra, que entrou para a história com o nome de Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva alemã de 1º de setembro de 1939 na Polônia não repetiu as
táticas da Primeira Guerra Mundial, em que as unidades de infantaria
avançavam até ficarem encurraladas numa linha de trincheiras para então
organizarem uma série de ataques contra um inimigo firmemente
instalado. O método adotado por Hitler foi a Blitzkrieg – guerra-
relâmpago. Primeiro, e sem qualquer aviso, uma série de ataques aéreos
destruíram, ainda no solo, boa parte da força aérea do país agredido.
Depois, os bombardeiros visaram as comunicações rodoviárias e
ferroviárias, os quartéis, os depósitos de munições e os centros urbanos,
lançando confusão e pânico. Num terceiro momento, os bombardeiros de
mergulho localizaram colunas de tropas em marcha e bombardearam-nas
enquanto os aviões de combate metralhavam os refugiados civis que
procuravam fugir dos soldados invasores, lançando caos nas estradas e
impedindo o avanço da defesa polonesa.
A Blitzkrieg veio inicialmente do céu, depois chegou por terra;
primeiro, em ondas sucessivas de infantaria motorizada, de tanques
ligeiros e de autometralhadoras que avançaram tão longe quanto possível.
Em seguida, tanques pesados penetraram as zonas rurais mais remotas,
flanqueando as cidades e os pontos fortificados. Por fim, depois de tantos
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